quinta-feira, 28 de novembro de 2013

INDICAÇÃO!!!

Indico o livro - "A arte de ler ou como resistir à adversidade" de Michèle Petit. Um interessante e provocador livro que nos revela a capacidade de construir sentidos como sendo o cerne e o fim que nós educadores temos que ter por meta ao "ensinar a ler".  Eis aqui um fragmento do capítulo 1 - Tudo começa por uma recepção. "[...] Nem todos são bons alunos e a maioria não teve uma infância embalada por leituras noturnas, mas nesse centro eles desfrutam da presença e da escuta de mulheres ou homens que adoram a literatura e que se sobressaem na arte de falar de sua própria experiência como leitores. Assim como os adolescentes brasileiros, eles aprenderam a ler em voz alta sem temer o olhar dos outros [...]." Acredito que esse livro tem tudo a ver com a proposta desse blog - Palavras, retalhos de experiências, pois fundamenta-se na investigação que a autora faz de experiências que demonstram as capacidades da leitura, e da literatura, como modo de resistir à adversidade. Há vários exemplos citados no decorrer do livro. Vale a pena ler! Vamos a leitura...um brinde a leitura e a Michèle Petit!!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Viver é tudo isso e ainda mais o que você resolva criar...Viva a Vida!

Vamos ser eternos aprendizes da humildade e aproveitar a vida. Uma boa dica: Ler livros, cultivar amigos e buscar o conhecimento! As histórias que você conhece, ninguém tira de você - Marli de Oliveira Geraldo.














































quinta-feira, 4 de julho de 2013

Os Vazios em nós!

 
De certo modo, a literatura nos salva de nós mesmos, em muitos momentos de nossa vida, somos tomados por um vazio existencial e recorrer a literatura pode ser o remédio para esse mal. Um grande escritor ao qual admiro imensamente e tive o prazer de conhecer foi Bartolomeu Campos de Queirós que nos deixou de presente um pouco da sua alma registrada por meio das seguintes palavras:
" Há que se afinar o corpo até o último
Sempre. Exercer-se como
instrumento capaz de receber a
poesia do mundo. Poesia suspensa
em rotação e translação. Movimentos
moderados alinhavando dias e
luares, estações e colheitas, minutos
e milênios, provisoriamente..." Esta fala encontra-se no livro, Minerações. Vale a pena ler seja a alma grande ou pequena! Vamos espalhar a poesia...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Se de tudo, ficar a leitura terá valido a pena! Curso Melhor Gestão, Melhor Ensino.

Vamos apreciar... Olhar a nós mesmos, observar nossa prática, sob nova perspectiva, é o grande desafio!!!

                                                       Imagem disponível em <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/> Acesso em 07/07/2013.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Bom dia!

"Eu quero o delírio.

    Eu sou assim.

    Não pretendo a integração, mas a abertura e a busca."

                                                    (Lya Luft).


Começar a semana com esse conselho de Lya Luft, só pode fazer bem!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A obra de arte...tem aquilo que mais desejamos...ela é inteira, terminada! Nós estamos em construção, seremos terminados no dia em que morreremos.


Interessante, pensar que não é o novo que nos fascina, mas olhar o já visto sob outra perspectiva! É preciso renovar o olhar para aprender ler o mundo.

Disponível em <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://pt.wahooart.com/Art.nsf/O/5ZKFFD/%24File/Salvador%2BDali%2B-%2BThe%2BMaids-in-Waiting%2B(Las%2BMeninas)%2B1960%2B.JPG&imgrefurl=http://pt.wahooart.com/@@/5ZKFFD-Salvador-Dali-The-Maids-in-Waiting-(Las-Meninas),-1960&h=500&w=385&sz=131&tbnid=r5R3aLbKLQZCMM:&tbnh=90&tbnw=69&zoom=1&usg=__pu3m4CnAIGrI3jZ1J_cduWzq9ug=&docid=SL44zEZlOZUOgM&sa=X&ei=hC1_UceSB6jy0wGtz4CwCQ&ved=0CDIQ9QEwAA&dur=445 > Acesso em 29/04/2013.

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." (José Saramago)

E ainda...

Disponível em <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-zXh-pTYkjiw/TlFVRI8YdcI/AAAAAAAAYiA/4c7412TcSkk/s1600/Picasso_As_Meninas_medium.jpg&imgrefurl=http://www.brasildobem.net/2011/08/picasso-e-velasquez-as-meninas.html&h=400&w=424&sz=45&tbnid=sZaYNITDBKCowM:&tbnh=90&tbnw=95&zoom=1&usg=__5iMMhpgolOqsT6qX7H2Aa-xAXOA=&docid=ZSzqXp0bElEBOM&sa=X&ei=bS5_UaX4PMXF0AGVhoGQCA&ved=0CDIQ9QEwAA&dur=589> Acesso em 29/04/2013.

Tudo aquilo que enxergamos só existe se acreditarmos! Boa leitura.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Releituras...um caminho para os educadores!!! O amor...ah, o amor!


Amor - O Interminável AprendizadoAffonso Romano de Sant'Anna

Criança, ele pensava: amor, coisa que os adultos sabem. Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se entrebuscando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas. Via-os noivos se comprometendo à luz da sala ante a família, ante as mobílias; via-os casados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.

Se enganava.

Se enganava porque o aprendizado de amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservado. Sim, o amor é um interminável aprendizado.

Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amavam. Sim, se pesquisavam numa prospecção de veios e grutas, num desdobramento de noturnos mapas seguindo o astrolábio dos luares, mas nem por isto se encontravam. E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado. Isto aprenderia depois. É que fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sabia nunca, como ali já não se saciara.

De fato, reparando nos vizinhos, podia observar. Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos. Alguns eram mais indiscretos. A vizinha casada deu para namorar. Aquele que era um crente fiel, sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem. E a mulher que morava em frente da farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então, constatou, de novo se enganara. Os adultos, mesmo os casados, embora pareçam um porto onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem, e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.

Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca. Ali estavam as grandes paixões. Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus, Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.

O amor se procurava. E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.

Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização. É indistinto. Por alguém que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de uma maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa. O desejo não é nada pessoal. A paixão é um vendaval. Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.

O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte final.

Mas reparou: amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.

Amor às vezes coincide com o desejo, às vezes não.

Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.

E mais complicado ainda: amor às vezes coincide com o amor, às vezes não.

Absurdo.

Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?

Adolescente amava de um jeito. Adulto amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amor dos vinte, um amor dos cinqüenta e outro dos oitenta? Coisa de demente.

Não era só a estória e as estórias do seu amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.

Estava sempre perplexo. Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.

Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.

O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.

Optou por aceitar a sua ignorância.

Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.

E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado.

Texto extraído do livro "21 Histórias de amor", Francisco Alves Editora – Rio de Janeiro, 2002, pág.11.

Ilustração: Mario Mastrotti
Mario Dimov Mastrottinatural de São Caetano do Sul - SP, começou a publicar em 1975 no Diário do Grande ABC com as tiras do Cubinho, também publicada no Jornal de Brasília, Gazeta de Vitória, Província do Pará e outros. Na Folha de São Paulo publicou o Mago de Az-Zar, em 1976. Entre 1976 e 1991 produziu colunas e suplementos infantis para mais de 30 jornais como Diário Popular e Folha de Londrina. Produziu quadrinhos infantis e adultos para editora Abril, Press e ECAB, e cartilhas para várias empresas como Pirelli e Lever. Em 2000 organizou o livro cooperado Humor Brasil 500 anos, premiado com o HQ Mix de melhor projeto editorial, e no ano seguinte lançou o livro 2001, Uma odisséia no humor, com 21 cartunistas, como no livro anterior. Publicou charge na revista Bundas e no livro Front. Em 2002, organizou a antologia Humor pela Paz e a falta que ela faz, com 28 cartunistas de 8 estados e prefaciado pelo Angeli. Atualmente colabora com o OPasquim21, edita a revista Humor & Amigos, leciona na Universidade Metodista de São Paulo,  no curso de Publicidade e Propaganda e Comunicação Mercadológica, e dirige a Editora Virgo que edita livros cooperados.

E-MAIL: mastrotti@editoravirgo.com.brhttp://www.releituras.com.br/i_mastrotti_arsant.asp
VIVA O AMOR DE TODO O DIA!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Bom dia, caríssimos...Um link com o site releituras...nosso companheiro, de cada dia, para disseminar uma Educação de qualidade!



Nome: 
Cecília Meireles
Nascimento:
07/11/1901
Natural:
Rio de Janeiro - RJ
Morte:
09/11/1964

Cecília Meireles
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

(Romanceiro da Inconfidência)

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, CecíliaBenevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.

Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.

Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas:  Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.

Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.

Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940,  com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.

De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.

Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.

Profere, em Lisboa e Coimbra - Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.

De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).

Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria.

Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revistaObservador Econômico.

A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.

Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".

Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).

Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).

Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.

Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.

Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.

Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com  o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.

Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.

No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.

Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.

Em 1965,  é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.

Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).

Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.

Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).

O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.

Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açorianos.

Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.

Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:

"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa.  Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um pouco de poesia, nesta noite fria...

Drummond

O crítico literário e ex-professor de Teoria Literária na USP, Antonio Candido, nos diz: "A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante." 
VIVA  A POESIA! Porque nos dá a profunda noção da nossa Humanidade.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Linguagens que nos tocam...música e dança!!! As vozes...a construção do cenário...


Porque a cada dia morre-se um pouco. Viva intensamente para que a VIDA seja mais que a morte. (Marli de Oliveira Geraldo)

Bom dia com poesia...

Corridinho
Adélia Prado

O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,

com seus olhos cediços,

põe caco de vidro no muro

para o amor desistir.

O amor usa o correio,

o correio trapaceia,

a carta não chega,

o amor fica sem saber se é ou não é.

O amor pega o cavalo,

desembarca do trem,

chega na porta cansado

de tanto caminhar a pé.

Fala a palavra açucena,

pede água, bebe café,

dorme na sua presença,

chupa bala de hortelã.

Tudo manha, truque, engenho:

é descuidar, o amor te pega,

te come, te molha todo.

Mas água o amor não é.


Homenageamos Adélia Prado pelo seu aniversário no dia 13 de dezembro.

Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Siciliano - 1991, São Paulo, pág. 181.

Saiba mais sobre Adélia Prado e sua obra em "Biografias".http://www.releituras.com.br/aprado_corri.asp

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sequência didática - O Jornalismo e nós...


O Jornalismo e Nós – O Poder das Manchetes!

                                                                                               Marli de Oliveira Geraldo.

“A posição interacionista implica, portanto, a ideia de que é ilusório tentar interpretar as condutas humanas em sua especificidade, [...]”. (Bronckart, 2009 p.21)

 

Estamos cercados por informação em toda a parte, por esta razão nesta situação de aprendizagem teremos por objetivo fazer os alunos lerem, analisarem, discutirem e (re)escreverem os primeiros parágrafos das notícias, reconhecendo suas características estruturais, para que possam, além de exercitar suas capacidades leitoras, também desenvolver suas capacidades escritoras. A proposta será desenvolvida no 7º ano/6ª série do ensino fundamental.
Os alunos precisam aprender a reconhecer e comparar em quaisquer canais de comunicação o gênero textual: notícia, com a finalidade de participar das práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita nos diversos contextos sociais, conforme nos afirma Angela Kleiman in Rojo (2009, p.57).
Previamente, o professor selecionará jornais da sua cidade, região e exemplares dos jornais da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo, seria interessante que as datas de publicação desses jornais fossem as mesmas, mas serão utilizados em diferentes jornais para que os alunos possam analisar e discutir a mesma notícia veiculada em diferentes instituições jornalísticas.

O início desta situação é uma retomada dos conceitos estudados no bimestre anterior por meio de sondagem oral feita aos alunos pelos seguintes questionamentos:

ü  Quem aqui costuma ler ou tem contato com jornais impressos?

ü  O que encontramos nos jornais?

ü  Quais os gêneros textuais que podemos identificar nos jornais?

ü  Há diferenças entre um jornal e outro?

ü  O que são manchetes? E quais informações nós temos nos primeiros parágrafos das notícias?

ü  Existe diferença em uma mesma notícia, sendo veiculada por mídias diferentes como jornal impresso e jornal televisivo, por exemplo?

Depois, o professor dividirá a classe, em grupos, para que possam ler e analisar os jornais, durante uns vinte minutos, os alunos terão contato com os jornais, lerão algumas notícias, identificando os títulos das notícias denominados de Manchetes. Deverão apresentar, oralmente, as manchetes do dia dos jornais pré selecionados.
Em seguida, individualmente, após a análise das manchetes os alunos deverão analisar de forma comparativa, uma mesma notícia veiculada em diferentes mídias: jornal impresso (1), sites que veiculam notícias (2) e jornal televisivo (3). Para realizar uma pesquisa em sites da internet, o professor deverá agendar com a coordenação da escola essa ida às salas de informática. Será entregue aos alunos um roteiro, para nortear suas pesquisas. E como lição de casa deverão assistir a um telejornal observando as manchetes e anotando as informações preenchendo uma das colunas (Coluna 3) do quadro a seguir:
Reconhecendo a Estrutura do Gênero Textual: Notícia em diferentes mídias.

Nome do Jornal (1):
 
 
Nome do Jornal (2):
 
Nome do Jornal (3):
 
Data:
Data:
Data:
Título/Manchete:
 
 
Título/Manchete:
 
Título/Manchete:
 
Subtítulo (se houver):
 
 
Subtítulo (se houver):
 
Subtítulo (se houver):
 
Tema/Assunto:
 
Tema/Assunto:
Tema/Assunto:
Primeiro Parágrafo:
 
 
 
Primeiro Parágrafo:
Primeiro Parágrafo:

           

            Dessas três notícias selecionadas, cada aluno deverá escolher uma para reescrever sua manchete e o seu primeiro parágrafo, que deverá conter as seguintes informações: O Quê/ Quem? Quando? Onde? Depois da reescrita pronta, em duplas, farão a revisão dos textos com o auxílio do professor. Essa reescrita será exibida em um mural intitulado: O poder das Manchetes, para que todos os alunos tenham acesso, façam a leitura de algumas e depois em uma roda de discussões, juntamente com o professor, discutam qual reescrita foi mais interessante, em qual delas a manchete foi decisiva para interferir na escolha do leitor em relação a uma e não outra, e também que  apontem qual primeiro parágrafo foi mais bem elaborado.

Textos em contexto: Jornalismo.

OBJETOS DE
ENSINO
DURAÇÃO DO PROJETO
 
ANO/
NÍVEL
OBJETIVOS
ATIVIDADES
MATERIAIS
AVALIAÇÃO
Esfera: Jornalismo.
 
 
Gêneros: Notícias.
 
 
 
Modalidades: oral, escrita e multimodal (notícias televisivas).
 
 
 
Nº de aulas:
18 aulas
 
 
Nº de semanas:
03 semanas
 
 
7º ano/6ª ´serie do Ensino Fundamental.
Letramentos envolvidos: Leitura e escrita.
 
Competências e habilidades envolvidas:
Ler, analisar; comparar,
observar,
discutir e reescrever.
 
Temas envolvidos:´
A estrutura das notícias;
As manchetes nos jornais;
Os primeiros parágrafos;
E os diferentes canais de comunicação.
De leitura:
Leitura em voz alta das manchetes das notícias nos Jornais impressos;
 
Leitura visual nos jornais televisivos e internet.
 
Leitura compartilhada dos primeiros parágrafos das notícias em diversas mídias.
 
De Leitura crítica? Elaboração de MURAL para Leitura compartilhada das manchetes e dos primeiros parágrafos das notícias em diversas mídias e
posterior discussão.
 
Produção Textual: Reescrita de Manchetes e Produção do primeiro parágrafo de uma notícia.
 
De análise das linguagens:
Contato com diferentes canais de divulgação de notícias.
 
Variados jornais;
Computadores para pesquisa na internet em salas de computação na escola;
 
Uso da televisão para assistir a telejornais, em casa;
Caderno dos alunos, lápis, borracha, caneta.
 
Cartolinas para a elaboração de um Mural.
Serão observados os seguintes aspectos, no decorrer das situações de aprendizagem:
A apresentação oral das manchetes feita pelos alunos;
 
Se a leitura e análise das notícias estão coerentes com as atividades propostas;
 
O preenchimento do quadro comparativo para verificar se o aluno reconhece e identifica a estrutura do gênero textual: notícia;
 
A reescrita dos alunos;
 
A discussão oral com o intuito de observar se os alunos elaboram uma leitura crítica e comparativa, considerando os diferentes canais de comunicação.
 

                                                                                                                                                                    

 

 

 

 

 

 

                                  

Referências Bibliográficas:

BRONCKART, J.-P. Atividade de linguagem, textos e discursos: Por um interacionismo sociodiscursivo. Trad. Anna Rachel Machado, Péricles Cunha – 2 ed. 1 reimpr.São Paulo: EDUC, 2009.

DOLZ, J. M.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. M. et al . Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128. 

ROJO, R,H,R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo;

Parábola Editorial, 2009.128 p.

 

 

 

 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

É preciso saber viver...

É fácil compreender a mensagem, porém difícil colocá-la em prática, por isso é sempre bom relembrar o que se diz. Bom início de ano para todos. Beijos! Marli 17/01/2013.